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Economia

Em Davos, Guedes diz que avalia imposto sobre cigarro, álcool e produtos com açúcar

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Em Davos, ministro disse que o sistema tributário de vários países prevê a cobrança do ‘imposto do pecado’ para diminuir o consumo de produtos que fazem mal para a saúde.

Paulo Guedes participa de painel em Davos — Foto: Walter Duerst/Fórum Econômico Mundial/Divulgação

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo avalia uma cobrança de tributos sobre cigarros, álcool e produtos com açúcar numa eventual proposta de reforma tributária a ser apresentada pela equipe econômica.

Em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o ministro disse que o sistema tributário de vários países prevê a cobrança do “imposto do pecado” para diminuir o consumo de cigarros, álcool e produtos com açúcar.

“Não tem nada definido, tem um grupo fazendo a reforma tributária. Fala-se de tributos e impostos e existe esse conceito de tributar coisas que fazem mal para a saúde”, disse Guedes em entrevista concedida para a GloboNews.

“Por um lado, você reduz o consumo [com a cobrança desse imposto]. Então, se o cigarro faz muito mal para a saúde, você bota o imposto. E por outro lado [se alguém disser] ‘ah eu vou fumar de qualquer jeito’, então está bom, mas, pelo menos, paga o imposto aqui porque nós vamos ter que cuidar da sua saúde lá na frente”, acrescentou.

Segundo o ministro, a proposta da reforma tributária do governo deve ser apresentada num prazo de duas a três semanas.

Guedes apontou que as reformas estão caminhando e descreveu o pacto federativo como “pacto mais Brasil, menos Brasília”.

“O nosso compromisso é ter reformas até o final do governo, e, se ele [Bolsonaro] for reeleito, elas continuam”, disse.

Moeda continental

Na entrevista, Guedes também disse que é possível o surgimento de uma moeda continental na América do Sul. “Eu brinco e chamo [a moeda] de peso-real porque todas as moedas na América Latina são pesos, e o Brasil tem real.”

Mais cedo, o ministro da Economia afirmou que o dólar deve diminuir a sua importância e o mundo poderá ter 4, 5 ou 6 moedas fortes daqui a 20 anos.

“Uma moeda continental seria muito interessante para o Brasil. E eu não tenho dúvida nós vamos avançar em direção para a conversibilidade. Isso é um projeto nosso, de governo. O Banco Central vai trabalhar buscando a conversibilidade do real. O real vai virar uma moeda forte no continente”, disse.

Fonte: G1


DRT: 1908 /RO

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