Geral
Aeronáutica cumpre missões de defesa, logísticas e humanitárias em Porto Velho e Amazônia
Durante 33 anos, a Base Aérea de Porto Velho promoveu o apoio às Unidades Aéreas e de Aeronáutica nela sediadas, cumprindo seu papel na Amazônia Ocidental. A cada ano, além de operações especiais, suas aeronaves levam gêneros alimentícios e remédios para famílias carentes distantes, em barrancos e na floresta.
Atualmente, a Ala 6 cobre outros municípios dos estados de Rondônia e Acre, com a atuação dos Destacamentos de Aeronáutica de Vilhena e Cruzeiro do Sul, respectivamente. A ativação da Base Aérea, criada em 17 de maio de 1983, foi um marco na Amazônia Ocidental, porque atendeu à necessidade de interiorização da Força Aérea Brasileira (FAB) na defesa da região.
Tudo aconteceu em tempo recorde e ao final de 13 meses a Base operava com apenas uma aeronave. Para inaugurá-la, em 31 de outubro de 1984, o então presidente da República, João Baptista de Oliveira Figueiredo veio a Porto Velho acompanhado de ministro e assessores. Posteriormente, novos aviões chegaram à Base, ampliando o suporte ao Exército Brasileiro em suas operações na fronteira brasileira com a Bolívia.
Em fevereiro de 2017, a Base Aérea deu lugar à Ala 6, que assumiu as atividades operacionais do Comando da Aeronáutica na região de Rondônia e Acre e é atualmente um importante ponto de apoio logístico para a consolidação do planejamento na defesa aeroespacial da região amazônica.
A Ala 6 também exerce suporte operacional nas missões e atividades realizadas pelo Comando da Aeronáutica com populações carentes, entre as quais, atendimentos médicos e odontológicos em comunidades ribeirinhas e povos indígenas de toda Região Norte.
As Forças Armadas têm exigido da FAB crescente responsabilidade quanto ao apoio logístico, principalmente devido a carência das malhas rodoviária e fluvial – a primeira ainda carente de melhorias, a segunda diretamente condicionada à sazonalidade da região. Para o comandante da Ala 6, Coronel Aviador Paulo Cézar Fischer da Silva, as ações sociais prestadas pela FAB às populações instaladas em locais de difícil acesso “são imensuráveis, do ponto de vista da gratidão e reconhecimento daquelas comunidades assistidas”.
Há três anos, a Ala 6 faz parte do Plano de Reestruturação da FAB. Sua estrutura operacional e administrativa foi reformulada. A partir de 1º de fevereiro de 2017, pela Portaria nº 1617/GC3, de 8/12/2016, ela passou a executar o preparo e o emprego das unidades militares subordinadas, conforme diretrizes, planos e ordens dos comandos superiores.
“O objetivo da criação da Ala 6 foi tornar mais eficaz o emprego do Poder Aeroespacial, com foco na atividade fim da Força Aérea”, explicou o comandante Paulo Cézar Silva.
Segundo ele, as atividades de cunho exclusivamente administrativo e de apoio ficaram a cargo do Grupamento de Apoio de Porto Velho, organização militar do Comando da Aeronáutica criada para prover o apoio administrativo à Ala 6 e demais unidades operacionais da Guarnição de Aeronáutica na Capital.
A FAB realiza operações aéreas, operações terrestres, manobras e exercícios operacionais com o objetivo principal de adestrar suas tropas e testar seus equipamentos para mantê-los sempre capacitados a oferecer pronta-resposta em caso de possíveis acionamentos e necessidades. Algumas manobras e exercícios podem envolver a Marinha e o Exército, além de Forças Aéreas de outros países. São as operações conjuntas, que trazem benefícios comuns às nações participantes.
Todas as operações que tiveram a participação e o suporte dessa Organização Militar tiveram como finalidade atender ações de defesa aérea, busca e salvamento, reconhecimento aéreo, transporte aéreo logístico e segurança e defesa da FAB, a fim de garantir a manutenção da soberania do espaço aéreo e a integração nacional.
O comandante lembrou diversas operações que contaram com a participação da extinta Base Aérea e agora da Ala 6: Operação Verde Brasil I e II, Operação Óstium e Ostium II, Operação Tápio, Operação Covid 2020, Extec Interceptação A-29, Operação Brasil (2020), Operação BVR, Operações Porteira Fechada, Exercício Operacional Tápio, Semana da Pátria, Tiro Aéreo, Cruzex, entre outras.
“Graças ao profissionalismo e treinamento de nossos militares, todas as dificuldades encontradas no cumprimento das missões atribuídas têm sido sempre superadas”, assinalou o coronel aviador, Paulo Cézar Silva.
ESQUADRÕES GRIFO E POTI
É imensa a responsabilidade da Ala 6 perante a população brasileira, especialmente nos estados de Rondônia e Acre. Seu efetivo e máquinas estão em prontidão 24 horas por dia, sete dias da semana.
“O Esquadrão Grifo (2º/3º GAV) garante a proteção de nosso espaço aéreo, mantendo um serviço diuturno de Alerta de Defesa Aérea, pronto para decolar e interceptar qualquer tráfego desconhecido que possa representar ameaça para nosso País”, assinala o comandante Paulo Cézar Silva.
“O Esquadrão Poti (2º/8º GAV) mantém seus helicópteros e tripulantes em condições de cumprir missões de ataque e de apoio aéreo aproximado, em coordenação com as tropas do Exército Brasileiro ou da Marinha, de forma a se opor a qualquer tentativa de ameaça às nossas fronteiras”, acrescenta.
Mesmo em tempo de paz, as aeronaves da FAB apoiam Pelotões de Fronteira do Exército, cumprindo ainda, missões subsidiárias: combates ao tráfico de drogas, a incêndios florestais e auxílio médico e logístico por conta da pandemia do coronavírus.
DIA DA INTENDÊNCIA
Em 23 de agosto passado, a Aeronáutica lembrou o Dia da Intendência. O intendente é responsável por fornecer à tropa todos os insumos necessários para que as missões da FAB sejam cumpridas, viabilizando desde uniformes a equipamentos individuais, passando pela subsistência e pagamento de pessoal, a alimentação até o voo das aeronaves.
Ao final do último ano de curso, os cadetes intendentes escolhem, dentre as opções de vagas ofertadas, a unidade militar que pretendem atuar. E, depois de formados, são declarados Aspirantes a Oficial e encaminhados para as diversas Organizações Militares da FAB, distribuídas por todo o Brasil.
Durante os oito meses que permanecem na condição de aspirante, os militares aprendem as funções da sua unidade e também participam do curso prático para aspirantes a oficial intendente. Após esse período, o aspirante é declarado segundo-tenente.
DAQUI A 21 ANOS
A Aeronáutica pretende ser em 2041 uma Força Aérea de grande capacidade dissuasória, operacionalmente moderna e atuando de forma integrada para a defesa dos interesses nacionais. Seus valores descritos no item Missão: disciplina, patriotismo, integridade, comprometimento e profissionalismo.
AÇÃO SOCIAL
“O cenário amazônico exige preparo especial, tendo em vista, principalmente as dificuldades logísticas da região, entretanto, nenhum obstáculo é intransponível para os militares que labutam diuturnamente em prol da defesa e da integração de nossa nação”, disse.
Militares da Guarnição de Aeronáutica de Porto Velho, juntamente com militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado de Rondônia são frequentes doadores da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron).
Em abril, os estoques estavam 50% baixos uma vez mais, e naquele período crítico era necessário suprir estoques para atender a cirurgias emergenciais em hospitais da capital rondoniense.
Uma das pessoas que doaram, a sargento Letícia Prado da Silva Cavalcante de Holanda, do efetivo do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Porto Velho, declarava: “Sou doadora de sangue há 11 anos e sei o quanto uma simples atitude pode salvar a vida de várias pessoas”.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Assessoria de Comunicação Social da Ala 6 e Cabo Santos/FAB
Secom – Governo de Rondônia
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