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Saúde

Mais de 600 casos de dengue são registrados em Rondônia no início de 2022

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Mosquito Aedes aegypti; dengue — Foto: Divulgação/SESA

No início deste ano, Rondônia já registrou 625 casos de dengue. O número é 55% maior que os casos registrados no mesmo período do ano passado. Segundo as autoridades sanitárias, o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, deve ser ainda maior neste período de chuvas.

O boletim epidemiológico da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) aponta que 11 cidades de Rondônia apresentaram surto de dengue no ano passado e, por isso, ainda estão em período de atenção. São elas:

  1. Buritis, com 575 casos
  2. Campo Novo de Rondônia, com 587 casos
  3. Castanheiras, com 1.180 casos
  4. Chupinguaia, com 859 casos
  5. Itapuã do Oeste, com 574 casos
  6. Ministro Andreazza, com 373 casos
  7. Monte Negro, com 1.905 casos
  8. Parecis, com 1.218 casos
  9. Primavera de Rondônia, com 1.296 casos
  10. São Francisco do Guaporé, com 326 casos
  11. Seringueiras, com 911 casos

Segundo o boletim, os casos de chikungunya tiveram redução de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. E os de zika tiveram aumento de 300%, sendo 2 casos registrados no ano passado e oito este ano.

Porto Velho em risco médio de infestação

O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) realizado em Porto Velho apontou o índice de 2,4% para risco de infestação pelo Aedes aegypti e Aedes albopictus  o recomendado pelo Ministério da Saúde é inferior a 1%. O resultado da pesquisa foi divulgado nesta quarta-feira (23).

Foram 10 dias de visitas em quase todos os bairros da capital, sendo que apenas 19 bairros não apresentaram índices de contaminação. Os bairros Panair e Arigolândia são os que mostraram as maiores taxas.

Transmissão

Aedes aegypti é o nome científico do pernilongo que transmite as doenças chamadas arboviroses: dengue, febre amarela urbana, zika e chikungunya. Ele possui listras brancas no tronco, cabeça e pernas, característica que o diferencia dos demais mosquitos.

Segundo o Ministério da Saúde, o período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito. Contudo, mesmo durante o inverno, por causa das chuvas, é necessário cuidar dos quintais de casa para evitar a proliferação.

De acordo com o boletim epidemiológico da Agência de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), os principais focos de criação dos mosquitos são tanques em obras, garrafas, calhas, sucatas em pátios, pneus, lixos domésticos, entulhos e ferro velhos.

Fiscal analisa água parada em prato de vaso de planta, um dos locais onde o mosquito da dengue deposita seus ovos  — Foto: Breno Esaki/ Agência Saúde

Fiscal analisa água parada em prato de vaso de planta, um dos locais onde o mosquito da dengue deposita seus ovos — Foto: Breno Esaki/ Agência Saúde

Sintomas

Apesar do Aedes transmitir as quatro doenças, alguns sintomas se diferem. No caso da dengue, os sintomas mais comuns são dor atrás dos olhos acompanhada de febre alta. Em casos graves, a doença pode causar hemorragias, encefalopatia, choque circulatório, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural, além de poder levar a óbito.

Dor de cabeça é um dos sintomas mais comuns em arboviroses — Foto: Getty Images via BBC

zika vírus provoca febre baixa, manchas na pele e coceira, podendo causar microcefalia em bebês nascidos de gestantes infectadas. A chikungunya desenvolve dores nos pulsos, mãos e tornozelos, acompanhada de inchaços e erupções na pele.

Já a febre amarela causa febre súbita, calafrios, dor intensa na cabeça e nas costas, náuseas e vômitos. Em casos graves, a pessoa pode apresentar icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

O que fazer para prevenir?

 

Lixo descartado da maneira incorreta pode servir de criadouro para mosquitos — Foto: Reprodução EPTV

Lixo descartado da maneira incorreta pode servir de criadouro para mosquitos — Foto: Reprodução EPTV

  • Usar tampas adequadas para manter caixas-d’água, cisternas, tonéis e outros recipientes que podem acumular água bem fechados.
  • Trocar diariamente a água dos bebedouros de animais e lavá-los. Se tiver plantas aquáticas, troque a água e lave, principalmente por dentro, com escova e sabão, assim como outros utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes e baldes.
  • Limpar com frequência a piscina, a laje e as calhas removendo tudo que possa impedir a passagem da água. Ficar de olho no telhado e no terraço, caso more em apartamento, para evitar o acúmulo de água.
  • Usar água sanitária ou desinfetante semanalmente para manter os ralos limpos e verificar se estão entupidos. Não vai utilizá-los? Mantenha-os vedados.
  • Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água.
  • Instalar a caixa do ar-condicionado de forma que não acumule água.
  • Preencher as depressões em terrenos que podem se tornar possíveis poças de água parada.
  • Ficar atento aos cuidados com bromélias, babosas e outras plantas que podem acumular água.
  • Deixar lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água.
  • Retirar água acumulada na área de serviço, principalmente atrás da máquina de lavar roupa.

Fonte: G1/RO


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