Agronegócio
Entenda como casca de arroz é reaproveitada para gerar energia em Ji-Paraná, RO
Já imaginou transformar um problema em fonte de renda? Uma indústria, voltada para o processamento do arroz, decidiu apostar na sustentabilidade e implantou um projeto inovador: gerar energia através da casca do arroz.
Atualmente, a energia utilizada na sede, em Ji-Paraná (RO), e nas quatro filiais da empresa, é gerada através desse projeto. Além disso, um terço da energia produzida ainda é comercializada.
“Nós temos a única termoelétrica de biomassa da casca do arroz da região norte. Nós usamos essa metodologia para dar destino a nossa casca, que era um subproduto”, explica Vanessa Rack, engenheira agrônoma e coordenadora de campo
Novo destino
No inicio do processamento, a palha do arroz não tinha utilidade. Nessa época, a empresa fazia doações aos moradores, que utilizavam o produto como esterco. Em 2016, os empresários apostaram em equipamentos modernos e decidiram dar um novo destino para a palha do arroz.
Energia feita a partir da queima da biomassa da casca do arroz em Rondônia — Foto: Gedeon Miranda/Rede Amazônica
Em uma parte da empresa, o arroz é processado e embalado, em outro, as cascas são prensadas e encaminhadas para a caldeira. Depois, ela é queimada a 800 ºC.
Para o engenheiro André Lamota, é fácil entender como acontece a geração de energia a partir da queima da casca do arroz.
“Através da queima da casca [em uma determinada temperatura], a gente consegue atingir a pressão necessária para que o vapor seja transportado até a turbina e assim, se gire o eixo da turbina conectado ao gerador”, explica o engenheiro.
Biomassa da casca do arroz pronta para virar energia em Rondônia — Foto: Gedeon Miranda/Rede Amazônica
Economia
A energia gerada na empresa tem a capacidade de abastecer 5 mil residências populares. Atualmente, a empresa paga apenas taxas como Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e iluminação pública.
Segundo Vanessa Rack, o projeto trouxe uma redução de quase 90% no gasto com energia elétrica.
“Com a vinda da energia, promovida pela queima da biomassa da casca de arroz, isso facilitou muito nosso trabalho. Pela questão do pico de energia, porque agora a gente pode trabalhar em todos os horários e também porque nós tínhamos um alto custo em relação a energia”, disse.
Indústria do arroz em Rondônia — Foto: Gedeon Miranda/Rede Amazônica
Fonte: G1/RO
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