Tempo
Brasil vai enfrentar frente fria e cavado; confira a previsão do tempo
São muitos os sistemas que irão atuar até sexta-feira (25), incluindo um novo corredor de umidade
Há muitas instabilidades avançando pelo Brasil, mas com algumas diferenças. O que avança pelo Sul é uma frente fria, por exemplo. Mas o que temos em parte do Brasil central e no Sudeste é um cavado.
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Os cavados podem ocorrer em vários níveis da atmosfera ao mesmo tempo e em qualquer época do ano. Pode haver cavados apenas em superfície ou cavados sobrepostos, que vão desde a superfície até níveis mais elevados da atmosfera. Em algumas situações pode ocorrer a passagem de vários pequenos cavados em poucos dias. É o que os meteorologistas chamam de “ondas curtas” ou “cavados de onda curta”. Dependendo das condições de temperatura e umidade numa região, a passagem de um cavado pode causar muita instabilidade, com chuvas fortes.
“São ventos que giram no sentido horário e não conseguem dar uma volta completa no eixo como é o caso de áreas de baixa pressão”, explica Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo. Segundo ela, toda frente fria tem um cavado, mas nem todo cavado é uma frente fria. “Uma frente fria é composta da área de baixa pressão, seguida de uma massa de ar polar e, na maioria das vezes, um ciclone extratropical associado ao sistema”, diz.
Temporais, granizo e ventos
Nesta quinta-feira (24), a circulação de ventos, além da presença de um sistema de baixa na costa fluminense e do corredor de umidade que vem da Amazônia, mantém o tempo instável e com muita chuva em todo o Sudeste. Os acumulados de chuva são elevados e há alerta de temporais em diversos municípios de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Em São Paulo, os temporais ocorrem no litoral paulista e no Vale do Paraíba.
Os temporais também são destaque em Mato Grosso, Goiás, região Norte e no interior do Nordeste. No Matopiba, os acumulados são elevados e há possibilidade de queda de granizo e ocorrência de descargas elétricas. Atenção para possíveis transtornos causados pela chuva. Na região Sul, no entanto, uma massa de ar seco deixa os índices de umidade relativa do ar (UR) em níveis críticos e temperaturas amenas. Não chove em grande parte da região sulista, onde o sol brilha forte, justamente por causa do ar seco e frio que vem na retaguarda da frente fria.
Mais frente fria
A tendência é que entre sexta-feira (25) e sábado (26), as instabilidades predominem em grande parte do país. A chuva volta ao Sul e vem acompanhada por temporais. No Sudeste, no Norte e no interior do Nordeste, os volumes são bem elevados e há alerta de temporais. De 25 a 30 de novembro, a chuva volumosa será mais evidente na região do Matopiba (fronteira produtora que pega áreas de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), no Sudeste e sobre o Pará, Roraima e Amazonas, além de Goiás e do Distrito Federal.
Isso ocorrerá por influência de um corredor de umidade, organizado por uma baixa pressão atmosférica na costa do Sudeste, além da borda de um vórtice ciclônico nos altos níveis da atmosfera (VCAN) entre o Sul e o Sudeste. Essa condição dará suporte para os temporais e auxiliará como um bloqueio, fazendo com que a chuva persista nessas áreas por mais tempo, causando de 100 a 400 milímetros nessas localidades durante esse período.
“Vai se configurar a segunda Zona de Convergência do Atlântico Sul, a ZCAS, deste período úmido”, avisa a meteorologista Maria Clara Sassaki, da Climatempo. A ZCAS nada mais é do que uma frente fria semi-estacionária.
Previsão do tempo para o fim de novembro
Destaque no Sul do país também: Entre os dias 26 e 30 de novembro, o VCAN em altitude e mais a umidade constante que vem do mar trará mais chuva nos três estados da região Sul, com acumulados bem elevados mais uma vez do nordeste gaúcho, sudeste e leste de Santa Catarina e no leste do Paraná.
Estima-se que chova de 100 mm e 350 milímetros de 23 e 30 de novembro sobre o nordeste gaúcho, no leste e leste de Santa Catarina, além da região de Itajaí (SC) e no leste do Paraná. Na maior parte da região Sul, com exceção da Campanha Gaúcha, a chuva contribuirá para a manutenção da umidade no solo, favorecendo a semeadura e o desenvolvimento da soja e do milho 1ª safra.
Fonte: noticiasconcursos
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