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Economia

Alta no preço da gasolina pode levar a um acréscimo de 0,25% na inflação nos próximos 30 dias

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Posto de combustível
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O aumento no preço da gasolina que começou a valer nessa semana pode levar a um acréscimo de 0,25 ponto percentual na inflação nos próximos trinta dias. É o que aponta o economista André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre.

A gasolina vendida às distribuidoras ficou 7,47% mais cara. Segundo o especialista, o reajuste não atinge integralmente os consumidores: deve chegar a, no máximo, 5%. Considerando também o peso do combustível no orçamento das famílias, o economista calculou o impacto do aumento da gasolina na inflação.

“Considerando que esse aumento pode chegar a 5% e levando em conta que a gasolina também compromete 5% do orçamento familiar, a gente teria um impacto na inflação, nos próximos 30 dias, em torno de 0,25 ponto percentual. Só que como esse reajuste está valendo já a partir de janeiro e ainda falta aproximadamente uma semana para o mês ser concluído, uma pequena parte desse movimento já deve influenciar a inflação deste mês. Então, desse 0,25 p.p, 0,05 p.p deve ficar na inflação de janeiro e 0,20 p.p restantes na inflação de fevereiro”

O economista afirma que o impacto da alta da gasolina será mais sentido pelas pessoas de classe média que usam veículos particulares para se locomover. Os mais pobres não devem sentir nenhum prejuízo, o que seria diferente se o reajuste fosse sobre o diesel.

“Nós teríamos um impacto inflacionário maior, porque o diesel é o combustível usado pelo frete rodoviário, é utilizado pelas máquinas no campo, é o combustível que movimenta o ônibus urbano, então como diesel tem o compromisso de ser o combustível para execução de outras atividades, um aumento de preço nele pode causar um espalhamento das pressões inflacionárias”.

Braz explica que ainda é cedo para projetar o impacto dos combustíveis na inflação de 2023. Segundo o economista, no nível internacional, há uma tendência de desaceleração da atividade econômica, o que pode diminuir a demanda por petróleo e baratear os combustíveis.

Por outro lado, o especialista diz que o temor quanto ao equilíbrio fiscal do país é um risco que tem como resultado a desvalorização do real frente ao dólar, o que na atual política de preços adotada pela Petrobras pode puxar o preço dos combustíveis para cima.

Reportagem, Felipe Moura. 

Fonte: Brasil 61


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