Agronegócio
Balança comercial de Rondônia deve ter impacto positivo em 2023, com aumento da exportação de carnes
Duas plantas frigoríficas instaladas em Rondônia, nos municípios de Jaru e Chupinguaia, foram habilitadas, agora, em janeiro, para exportação de carne à Indonésia. A novidade foi divulgada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e repercutiu positivamente no setor produtivo, uma vez que deve haver aumento na demanda pelo abate de bovinos.
Os índices aplicados a pecuária, dentro da balança comercial, estão em franco crescimento. Em cinco anos, a exportação de carne e derivados, em Rondônia, deu um salto de mais de 300 milhões de Dólares, indo de US$ 587,6 milhões, em 2018, para mais de US$ 811,8 milhões em 2022, segundo informações do site Agrostat/Mapa.
A expectativa é que, com o maior volume de exportações de carne, o impacto na balança comercial do estado, seja acima do previsto para 2023. Aumento que também deve ser percebido na emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA), documento gerado pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), para a movimentação de animais entre propriedades rurais e frigoríficos. “Os frigoríficos que comercializam com outros países são fiscalizados diretamente pelo Mapa, mas cabe à Idaron o controle do trânsito de animais, por meio da emissão de GTA e da fiscalização nas rodovias”, explica o presidente da Agência Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.
Juntas, as duas plantas frigoríficas recém-habilitadas para negócios com a Indonésia abateram mais de 473,1 mil animais só em 2022. Considerando que cada animal pesa entre 280 e 300 quilos quando está em idade de abate, pode-se dizer que só os dois frigoríficos produziram mais de 141 mil toneladas de carnes, tanto para venda interna (no Brasil) quanto para exportação.
Um frigorífico localizado em Jaru foi o que mais abateu animais no ano passado, 287,3 mil. E outro em Chupinguaia, no mesmo período, abateu 185,7 mil bovinos. “Vários são os fatores que levam a abertura de novos mercados para a carne produzida em Rondônia, mas, um dos principais é a suspensão da vacina contra a febre aftosa, status que só foi alcançado devido o empenho do produtor e do Executivo Estadual que, por meio da Idaron, cumpriu todas as medidas sanitárias adotadas pelo Mapa e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, destacou o governador do Estado, Marcos Rocha.
POTENCIAL
Hoje, Rondônia possui um rebanho bovino de 17, 687 milhões de cabeças, sendo o maior rebanho dentro das áreas reconhecidas internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação, destaque que afeta positivamente a balança comercial do estado, visto que a região oferta carne de qualidade para todo o mundo.
Em apenas quatro anos, de 2019 a 2022, o número de cabeças de gado aumentou de 14,3 milhões para 17, 687 milhões, com crescimento médio de 19%. Em 12 meses, de 2021 para este ano, essa variação foi de 8%, passando de 16,2 milhões para o número atual.
Fonte: Governo RO
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