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Agronegócio

Estresse térmico afeta o bem-estar dos bovinos de corte e compromete o ganho de peso

Publicado

em

textorura

O pecuarista deve ficar atento quando os bovinos se aglomeram em busca de água ou buscam fontes de sombra nas horas mais quentes do dia, pois são sinais de que os animais estão sob estresse térmico. Em termos técnicos, o que os bovinos buscam é a homeostase, processo de regulação do estado de equilíbrio do organismo, alcançado a partir da dissipação do calor ou anulação de uma das fontes de calor. “Em um país tropical como o Brasil, cenas como essa são frequentes em diferentes regiões e épocas do ano, merecendo atenção dos produtores especialmente no verão”, alerta o zootecnista Leonardo Guimarães, gerente de produtos e serviços técnicos para pecuária de corte da Phibro Saúde Animal.

“Em períodos mais quentes, a temperatura do ar supera a temperatura corporal do animal durante a maior parte do dia, resultando em maior dificuldade de perda de calor. Esse cenário é agravado pela maior radiação solar, baixa incidência de ventos e predominância de chuvas, que, associadas, elevam o estresse térmico”, complementa Guimarães.

A combinação desses fatores aumenta o acúmulo do calor pelos animais durante o dia. Além disso, dependendo do clima à noite (temperatura e umidade do ar), o rebanho enfrenta dificuldade para eliminar o calor absorvido e acumulado. “Em situações assim, notamos sinais clássicos de estresse térmico nas primeiras horas do dia, quando naturalmente não se deve observar nenhum animal com frequência respiratória elevada e produção excessiva de saliva, por exemplo”, explica o zootecnista da Phibro, que é mestre em Produção e Nutrição de Ruminantes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

A alteração no comportamento, buscando reduzir a temperatura corporal é o principal indicador visual de estresse térmico em bovinos. A aglomeração é um sinal peculiar de animais sob circunstâncias de calor. ” Bovinos em situação de estresse térmico em locais sem nenhuma fonte de sombra tendem a se aglomerar. Isso ocorre geralmente perto dos bebedouros, onde há menor temperatura do solo”, diz o gerente da Phibro.

Outro sinal para despertar a atenção dos criadores é simples, mas preocupante: bovinos sob estresse térmico costumam se deitar na sombra dos outros, buscando área no chão mais fresca para descansar e dissipar o calor.

“Uma resposta fisiológica ao calor é o aumento da frequência respiratória. Em alguns casos, ela é tão elevada que o animal passa a respirar com a boca aberta buscando melhorar a troca de calor com o meio. Resultado: há aumento no gasto de energia para este tipo de evento e o ganho de peso não é o mesmo de situações de conforto térmico. Afinal, o estresse também causa queda no consumo de matéria seca – e animal que não come não engorda, podendo gerar prejuízo”, detalha Leonardo Guimarães. “E, além de prejudicar o bem-estar do rebanho, o estresse térmico acarreta vários eventos do ponto de vista fisiológico, afetando diretamente o desempenho produtivo dos animais.”

Estresse térmico interfere no ganho de peso e compromete o lucro

“Estimar as perdas decorrentes do estresse térmico é difícil, mas é possível. Considerando um valor médio de eficiência alimentar de 0,145 quilo de ganho médio diário (GMD) por quilo de matéria seca (MS) ingerida. Se um bovino deixar de comer 0,65 kg de MS durante o período de calor intenso, a perda potencial é da ordem de 0,094 kg de GMD. Isso significa que em 60 dias o animal deixa de ganhar cerca de 5,64 kg de peso vivo”, afirma o zootecnista da Phibro.

Para auxiliar no controle do estresse térmico e seus efeitos negativos e minimizar os prejuízos dos pecuaristas com essa condição, a Phibro desenvolveu NutraGen, fórmula nutricional avançada, que oferecida diariamente ao plantel contribui para a melhoria da saúde dos animais, contribui para o aumento da ingestão da matéria seca e auxilia no controle do estresse térmico proporcionando maior ganho de peso.

“A suplementação de NutraGen reduz a síntese de cortisol sanguíneo. Isso é positivo porque o estresse térmico é mediado pelo aumento da produção sérica de cortisol, que desencadeia os efeitos secundários mediados por este sinalizador metabólico – elevação na temperatura corporal, queda na ingestão de matéria seca, elevação na taxa respiratória e aumento na ingestão de água. Dessa forma, diminuir a síntese do cortisol reduz o impacto negativo do estresse”, ressalta Leonardo Guimarães. “Bovinos de corte submetidos a estresse térmico e suplementados com NutraGen podem ganhar mais de 4 kg de carcaça durante o período de engorda”, complementa.

Monitoramento do estresse térmico por plataforma

Para auxiliar o pecuarista no manejo do estresse térmico, a Phibro desenvolveu Combat Heat Stress Tool Box (www.combatheatstresstoolbox.com), plataforma exclusiva de monitoramento que identifica o dia, e quais lotes de animais estão passando por estresse térmico, orientando o produtor sobre os ajustes necessários. Trata-se de uma ferramenta importante para produzir mais arrobas de maneira mais eficiente e obter mais lucratividade com a manutenção do bem-estar do rebanho – princípio da pecuária responsável.

“A plataforma Combat Heat Stress Tool Box foi criada a partir da troca de conhecimento de estudiosos de diferentes regiões do país, além de pesquisadores internacionais. Os pecuaristas inserem informações específicas sobre suas propriedades e, principalmente, sobre os animais. Com base em relatórios detalhados e personalizados, Combat mensura o nível de estresse a que os animais estão submetidos, além de fornecer uma predição, permitindo ao pecuarista se antecipar ao problema em até 8 dias, mantendo assim o bem-estar dos bovinos e evitando perdas de produtividade”, destaca Leonardo Guimarães.

Para conhecer  a plataforma Combat, acesse www.combatheatstresstoolbox.com.

Sobre a Phibro Saúde Animal

A Phibro Saúde Animal é uma das mais importantes indústrias veterinárias e de nutrição animal do mundo. Criada em 1916, nos Estados Unidos, está presente no Brasil há 25 anos, oferecendo produtos para suínos, aves, bovinos de corte e de leite, peixes e camarões, além de oferecer soluções para a produção de fontes energéticas renováveis. A empresa é uma das pioneiras no agronegócio a divulgar relatório completo de ações sobre responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês), dando transparência à sua atuação nesse campo em nível global. Para mais informações, acesse: www.pahc.com/brasil.

Fonte: Viviane Passerini/Texto Comunicação


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