Policial
Grupo suspeito de movimentar R$ 120 milhões em esquema de pirâmide com criptomoedas em RO
Grupo prometia retorno garantido de 100% do valor investido. Vítimas são de Rondônia, outros estados e até de fora do país.
Uma operação da Polícia Federal (PF) – “Trap Coin” – foi deflagrada, nesta quinta-feira (9), contra um grupo suspeito de movimentar pelo menos R$ 120 milhões em um esquema de pirâmide envolvendo criptomoedas. A base do esquema é em Cacoal (RO).
Segundo a PF, 28 mandados de busca e apreensão são cumpridos em várias cidades de Rondônia e em outros quatro estados: São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. Cerca de 80 policiais federais participam da ação.
A Justiça Federal também determinou a indisponibilidade de bens, entre eles: veículos, imóveis, ações e ativos financeiros.
Investigações
A PF começou a mirar o grupo criminoso em 2021, quando descobriu que um morador de Cacoal estava utilizando empresas para captar recursos de outras pessoas, sob a promessa de “aplicações financeiras” em criptomoedas.
O primeiro suspeito foi identificado, durante a investigação, como líder do grupo criminoso. Inicialmente a ação era concentrada apenas na região de Cacoal, mas foi crescendo e se espalhando por outras cidades, estados e até outros países.
Como o grupo agia?
O foco do grupo era a criptomoeda. Os suspeitos prometiam um contrato de investimento em criptomoedas, inicialmente com retorno garantido de 300% em 120 dias, depois modificado para 100% em 21 a 33 dias. O grupo chegou até mesmo a criar uma criptomoeda para atrair investimentos.
A ação funcionava em “esquema Ponzi”, um tipo de fraude de pirâmide financeira que promete o ganho de dinheiro de forma fácil. Segundo a PF, o dinheiro que era captado das vítimas não era utilizado para fazer nenhum investimento e sim para o enriquecimento do próprio grupo.
“[Os suspeitos] passaram a ostentar um padrão de riqueza totalmente incompatível com os rendimentos auferidos, valendo-se de diversas estratégias de lavagem de capitais”, revela a PF.
Quando as vítimas cobravam os valores do investimento, os suspeitos davam desculpas, sempre colocando o problema em outra pessoa.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, instituição financeira clandestina, gestão fraudulenta e temerária, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, sonegação fiscal e lavagem de capitais.
Fonte: G1/Ro
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