Saúde
COVID 19: Nova pesquisa aponta medicamento com eficácia de 51% no combate ao vírus
Pesquisador explica os diferenciais e os prós dessa nova medicação
Uma nova pesquisa publicada no New England Journal of Medicine, aponta eficácia de medicamento de 51% no combate contra a COVID-19. Dados da Fase 3 do ensaio clínico TOGETHER mostraram que uma única dose da Peginterferon Lambda entre os infectados com o vírus resultaram em uma diminuição significativa dos casos de complicações com hospitalizações e mortes em uma população predominantemente vacinada.
O estudo começou em julho de 2020, e foi finalizado em fevereiro de 2022. Foram avaliadas em torno de 2 mil pessoas, no entanto, 931 pacientes receberam a Lambda e 1018 receberam placebo, 84% dos testados foram vacinados com outras doses da vacina. “A eficácia é obtida tanto em pacientes vacinados quanto em pacientes não vacinados. Neste estudo mais de 80% dos participantes estavam com duas ou mais doses da Vacina. Na população não vacinada os resultados foram ainda melhores, com uma redução de 86% nas hospitalizações” ressalta Gilmar Reis, MD, PhD co-lead investigator for TOGETHER and Associate Professor of Medicine McMaster University, Hamilton, Canada and Pontifical Catholic University of Minas Gerais, Brazil.
A Lambda tem um grande potencial terapêutico, pois não há contra-indicações ao uso da medicação, ela é eficaz em todas as variantes (delta, gama e Ômicron) e é dose única. “Diferentemente de outros medicamentos, a Lambda é resistente a todas as mutações do vírus. Além disso, é uma substância produzida pelo nosso próprio corpo, a qual a produção é prejudicada pelo COVID. Uma dose do medicamento equivale a 30 comprimidos do PAXLOVID, o medicamento atualmente considerado como padrão-ouro para o tratamento do COVID”, destaca o professor.
Peginterferon Lambda
Gilmar explica que o medicamento é aplicado como injeção subcutânea, dose única e pode ser aplicado pelo próprio indivíduo ou por um profissional de saúde. “Esta medicação possui resultados ainda melhores se aplicado precocemente, nos primeiros 3 dias do início dos sintomas, pois quanto mais cedo for aplicada essa medicação, maior a probabilidade de redução da hospitalização”, afirma.
Não foram apresentadas reações adversas significativas nos pacientes testados. Diferentemente dos demais interferons disponíveis, o Interferon Lambda atua basicamente nas vias aéreas e no tubo digestivo, os dois órgãos mais afetados na fase aguda da doença. Há perspectivas de ser um medicamento com custo inferior às opções atualmente disponíveis para o tratamento ambulatorial do COVID-19
Fonte: Gilmar Reis, MD, PhD co-lead investigator for TOGETHER and Associate Professor of Medicine McMaster University, Hamilton, Canada e professor adjunto do departamento de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil.
Fonte: Assessoria
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