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Saúde

Câncer de testículo é o predominante em homens de 15 a 50 anos

A faixa etária de maior concentração de casos está entre 15 e 34 anos

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em

Foto: Pixabay

Em uma cena na série espanhola “Machos Alfa”, da Netflix, quatro amigos em férias falam sobre o câncer de testículo que atingiu um colega e logo três deles fazem o autoexame para conferir se há algo diferente. Tirando o fato de estarem em local público na cena, eles estão certos. O autoexame ajuda a identificar suspeitas sobre este tipo de câncer, que, apesar de raro, atinge os homens em idade reprodutiva, entre 15 e 50 anos, e é o predominante nesta faixa etária, sendo que a fase de maior incidência no mundo é entre 15 e 34 anos, e não se deve ficar com vergonha de fazer.

A fim de conscientizar a população masculina sobre a importância da prevenção, é realizada a campanha Abril Lilás, que tem como objetivo alertar sobre os sintomas da doença e incentivar a realização dos exames preventivos. “É fundamental que os homens façam o autoexame e visitem o urologista ao perceber qualquer alteração de tamanho, forma e também textura no testículo”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia, Dr. Clóvis Klock.

“É um tipo de câncer com baixa mortalidade. Quando há detecção precoce, o câncer de testículo é geralmente curado”, afirma o patologista, médico que dá o diagnóstico final sobre se há ou não câncer, caso haja doença, qual o estágio em que ela está e qual a classificação do tumor.

Há outros cuidados preventivos e até bem mais cedo, “é importante que a descida dos testículos seja verificada na infância por um pediatra e corrigida, de preferência antes da criança completar dois anos, como forma de reduzir o risco para o futuro jovem e adulto”, explica o Dr. Klock. Outros fatores relacionados ao maior risco são o histórico familiar deste tumor, a infertilidade, e a exposição ocupacional a agrotóxicos. Além disso, é recomendado que trabalhadores expostos a agrotóxicos realizem exames de rotina para o diagnóstico precoce do câncer de testículo.

Atletas
Já foi notado que esportistas como o ciclista Lance Armstrong, o astro do basquete brasileiro Nenê Hilário, e uma série de jogadores de futebol, incluindo o craque Arjen Robben, da seleção holandesa vice-campeã da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul e terceiro lugar na Copa de 2014 no Brasil, tiveram câncer testicular. Não se sabe o motivo para o aparente grande número de casos entre atletas profissionais. “O que está comprovado, sim, é que o exercício físico regular ajuda a evitar praticamente todos os tipos de câncer”, afirma o Dr. Klock.

Mas o esporte profissional talvez ajude o atleta a encontrar o problema. Projetado pelo Palmeiras na primeira década do milênio, tendo chegado a ser convocado pela Seleção Brasileira em 2004 e 2005, Magrão contou em abril de 2015, que soube do seu câncer a partir de um exame antidoping em 2011 nos Emirados Árabes ter dado positivo. Ao procurar a razão para esse resultado, acabou constatando um tumor maligno nos testículos, contou o jogador.

Sobre a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) tem o objetivo de promover a integração e educação continuada dos médicos especialistas da área, priorizando sempre a comunicação e o aprimoramento técnico-científico. Desde o início de suas atividades, a associação promove, a cada dois anos, o Congresso Brasileiro de Patologia. E em agosto de 2022 aconteceu a sua 33ª edição. A SBP também produz a publicação “O Patologista”, um informativo com notícias sobre a especialidade, com periodicidade trimestral.

AGÊNCIA BLUE CHIP


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