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Web 3.0: entenda o que é, quais as vantagens e diferenças para a Web 2.0

Com posição de destaque na adoção da Web 3.0, Brasil já vive as transformações lideradas pela nova versão da internet

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Imagem: Pexels

O tema Web 3.0 tem sido cada vez mais abordado e comentado, mas você sabe o que é isso e quais são os seus impactos? O termo ‘Web3’ foi criado por Gavin Wood em 2014, mas ganhou força a partir de 2021, com a revolução das criptomoedas e DeFi (finanças descentralizadas). Também chamada de Web3, essa é a terceira geração da internet, que é alimentada pela tecnologia blockchain.

A Web3 vem trazendo transformações no dia a dia e está revolucionando a tecnologia. Um exemplo desse crescimento está, inclusive, na formação e capacitação de profissionais no país, após a aprovação pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) da primeira pós-graduação em blockchain e criptomoedas do Brasil, considerando que as criptomoedas não são moedas digitais, mas também como força motriz para aplicativos descentralizados (dApps) no ecossistema Web3. A posição de destaque do Brasil no mercado de criptomoedas da América Latina fica claro no relatório da Chainalysis, que aponta o país como o maior da região em termos de adoção de criptomoedas e sua potência em relação à Web3.

“A Web3 é caracterizada por sua natureza descentralizada, o que permite uma maior propriedade e controle dos usuários sobre suas próprias informações online. Ela é vista como uma internet onde, além de participar, o usuário é o dono daquilo que está utilizando, com poder de decisão”, destaca o professor de MBA da FGV, Kenneth Corrêa, especialista em novas tecnologias, inteligência artificial e metaverso.

A expressão Web3 esteve entre as mais comentadas na internet no ano de 2022, junto com Metaverso e NFT. Kenneth explica que “os três são conceitos-chave que estão moldando o futuro da internet e têm ligações bastante fortes um com o outro. Todos eles apontam para uma internet mais personalizada e interativa (Web3), onde os usuários podem interagir em espaços virtuais imersivos (Metaverso) com propriedade verificável de itens e experiências únicos (NFTs)”.

Quais são as principais características da Web 3.0?

1) Descentralização: A Web 3.0 é alimentada pela tecnologia blockchain, o que abre as portas para uma internet verdadeiramente descentralizada. Isto significa que nenhum único ator tem controle total sobre a rede.

2) Propriedade do usuário: Na Web 3.0, os usuários são os proprietários dos seus próprios dados e têm controle total sobre como eles são usados.

3) Moedas digitais: Parte da descentralização mencionada acima é a existência de criptomoedas não controladas por nenhuma organização central ou banco.

Qual a diferença entre a Web 2.0 e a Web 3.0?

“A principal diferença entre a Web 2.0 e a Web 3.0 é a transição da centralização para a descentralização. Enquanto a Web 2.0 foi marcada por uma comunicação bidirecional entre usuários e plataformas com poucos atores grandes (como Google, Meta e Amazon) detendo a maior parte do poder de controle, a Web 3.0 visa devolver esse poder de controle para os usuários”, destaca Kenneth Corrêa.

“Na Web 2.0, qualquer um podia ser um produtor de conteúdo, mas ainda era dentro de uma estrutura controlada por poucas e grandes empresas. Já a Web 3.0 busca uma descentralização e independência, na qual não só se participa, mas o usuário é dono e tem poder de decisão sobre seus conteúdos e dados”.

Quais são os benefícios e oportunidades que a Web 3.0 proporciona?

Kenneth também explica quais são as vantagens da Web 3.0. “Na Web 3.0, os principais beneficiados são, em teoria, todos os usuários da internet. Listo abaixo algumas categorias principais”:

1) Usuários Comuns: A Web 3.0 se esforça para colocar a propriedade e o controle dos dados nas mãos dos usuários, em vez de grandes corporações, permitindo uma maior privacidade e segurança.

2) Criadores de conteúdo: NFTs permitem que artistas e criadores verifiquem a autenticidade e propriedade de suas obras, o que pode resultar em novos fluxos de receita e um controle mais rígido sobre o uso de seu trabalho.

3) Empresas e Organizações: A tecnologia blockchain permite uma maior transparência e eficiência para empresas e organizações. Isso pode ser especialmente útil em casos de uso como cadeias de suprimentos, onde a rastreabilidade e a confiabilidade são essenciais.

4) Comunidade de Software Livre e de Código Aberto: A Web 3.0 está sendo construída sobre princípios de código aberto. Essa comunidade pode se beneficiar com a transformação digital, pois ela provavelmente necessitará de suas habilidades de programação e desenvolvimento.

5) Investidores e Especuladores: Aqui, o metaverso e os NFTs entram. Com a crescente popularidade das criptomoedas e dos tokens não fungíveis, há uma oportunidade significativa para investidores e especuladores capitalizarem sobre essas novas tecnologias.”

O impacto da Web 3.0. no mercado

Quanto ao impacto no mercado, Kenneth explica que estão ocorrendo transformações significativas em diversos segmentos e indústrias. Não faltam iniciativas que já nascem focadas em Web3, com empresas utilizando a tecnologia para conectar marcas e usuários.

“Isso inclui uma mudança na economia digital, com novos modelos de negócios emergindo que se centram na propriedade do usuário, na personalização e na interação imersiva. Empresas que não se adaptarem a essa nova realidade podem encontrar-se rapidamente desatualizadas. Além disso, a vizinhança entre Web3, Metaverso e NFTs tem o potencial de criar mercados inteiramente novos e oportunidades de negócios, desde o desenvolvimento de tecnologia de realidade virtual, aumentada e mista, até a curadoria de arte digital e muito mais”, diz o especialista.

Desafios em Web 3 no Brasil

O cenário é positivo e promissor no Brasil para a Web3, mas o país ainda encara alguns desafios, como as barreiras de informação sobre o potencial dessas tecnologias quando se fala da população em geral, e a aceleração do desenvolvimento da tecnologia no território.

“Embora a Web 3.0 ofereça várias oportunidades, também há desafios significativos que precisam ser superados, incluindo questões relacionadas à governança, igualdade de acesso e distribuição de riqueza digital”, conclui Kenneth Corrêa.

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Kenneth Corrêa – especialista em inovação, negócios digitais, novas tecnologias, inteligência artificial e metaverso. Professor de MBA da FGV. Há mais de 15 anos desenvolve e monitora projetos de marketing e tecnologia, atendendo empresas como Suzano, Mosaic Fertilizantes, Leica Microsystems, entre outras. Diretor de Estratégia da agência 80 20 Marketing.

Informações à imprensa:

Temma Agência – Relações Públicas e Marketing Digital

Letícia Carvalho – [email protected] – (31) 9 9235 0706

Stefani Pereira – [email protected] – (11) 9 8077 0105


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