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Mudança brusca de temperatura traz risco de choque térmico; saiba quais são os sintomas e cuidados necessários

Pneumologistas alertam que sinais podem ser sutis, mas representam riscos para a saúde.

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São Paulo e outros estados registram queda das temperaturas — Foto: ESTADÃO CONTEÚDO

Nesta semana, as regiões Sudeste e Centro-Oeste saíram de uma onda de calor para uma frente fria, e mudanças drásticas de temperatura como essa exigem cuidados com o corpo para prevenir efeitos nocivos, como o choque térmico. Em São Paulo, por exemplo, a máxima foi de 34ºC na quinta-feira (24) para 18ºC no sábado (26).

⚡ O choque térmico acontece quando o corpo sofre por uma mudança brusca de ambiente, como ir de um local frio para um local quente ou vice-versa. Isso faz com que o sistema nervoso, que regula a temperatura do corpo, não tenha tempo de se ajustar, o que prejudica a produção e bom funcionamento das células, a produção de hormônios e de citocinas, desregulando a resposta imunológica do corpo.

Consequentemente, o corpo pode sofrer com tosse, irritação das vias aéreas — nariz, garganta, pulmão e brônquios —, aumento da produção de muco, diminuição do batimento ciliar, que é responsável por diminuir as irritações, chiado no peito e até falta de ar.

Quando a temperatura cai, nosso sistema respiratório sofre. Aumenta a incidência de rinite e sinusite, tendemos a respirar pela boca, inalando o ar frio e seco que irrita e lesa a via respiratória na traqueia e brônquios, o que favorece a entrada de vírus e bactérias e aumenta o risco de infecções.
— Dr. Marcelo Rabahi, pneumologista do hospital Albert Einstein.

O corpo também pode apresentar sintomas de alterações musculares, como câimbra, espasmo ou enrijecimento muscular.

Parece simples, mas o quadro pode evoluir e até levar à morte.

Como prevenir o choque térmico

🧣 Para evitar o quadro, é importante proteger o corpo adequadamente, seja na queda ou na subida de temperatura. Então, nada de se agasalhar demais no calor ou de menos no frio.

🍵 Isso leva ao segundo ponto de atenção, que é a hidratação. Especialmente no calor, o choque térmico pode causar desidratação e, tanto no frio quanto no calor, a falta de hidratação adequada compromete o funcionamento das células e desencadeia uma reação negativa no corpo.

Como tratar

A recomendação para quem apresenta algum sintoma de choque térmico é procurar atendimento médico imediatamente.

Mesmo que a época de mudanças de temperatura sempre venha acompanhada de um aumento na busca por atendimento médico, a avaliação do especialista é fundamental para o acompanhamento do quadro.

As infecções respiratórias, em geral, têm sintomas muito semelhantes, como dor de garganta, tosse com ou sem catarro, podendo ter febre ou não. Todos eles podem ser amidalite, faringite, infecção viral por adenovírus, rinovírus, por influenza ou pneumonia. Com o passar dos dias, os sintomas se diferem, mas as complicações são variadas.
— Elie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O acompanhamento imediato pode prevenir que o quadro se complique, evitando, por exemplo, que uma pneumonia seja descoberta apenas quando já é necessário um tratamento mais forte.

🚨 Atenção: pessoas com doenças pulmonares obstrutivas como asma, enfisema pulmonar e bronquite precisam estar ainda mais atentos e tomar a medicação corretamente.

❗ E nada de se automedicar. Qualquer que seja o sintoma, o remédio só deve ser administrado por recomendação médica. Mesmo o uso de xaropes para tosse e irritação na garganta podem prejudicar, mascarando um sintoma que precisa de atenção médica.

Fonte: G1

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