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Natureza

Conheça a ‘abelha rondoniense’ recém-descoberta por pesquisadores

Inseto, encontrado em Rondônia, pertence há um dos maiores grupos de abelhas “sem ferrão” da região Neotropical.

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Trigona rondoniensis: abelha recém descoberta que recebeu o nome do estado onde foi encontrada — Foto: Reprodução/Unir

Uma nova espécie de abelha foi descoberta em Rondônia por pesquisadores da Amazônia. Além de receber o nome do estado onde foi encontrada, ela possui uma característica incomum entre as espécies brasileiras que vivem em colônias: não possui ferrão.

🐝A descoberta da Trigona rondoniensis aconteceu durante uma pesquisa de mestrado de Ciências Biológicas do rondoniense, Cristiano Feitosa Ribeiro, realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e contou com o apoio de outros pesquisadores da área.

De acordo com Cristiano, o inseto pertence a um dos maiores grupos de abelhas “sem ferrão” da região Neotropical. Além disso, antes da pesquisa, não existia guias de identificação que incluíssem todas as espécies do gênero “Trigona” que existem no Brasil.

“Durante a pesquisa, nossos objetivos foram a redescrição das espécies que possuíam dados insuficientes para sua identificação correta, assim como a descrição de novas espécies que foram encontradas, como a Trigona rondoniensis”, conta o pesquisador.

Mais de 8 mil abelhas “trigona” foram examinadas durante o estudo, com exemplares depositados principalmente na Coleção de Invertebrados do INPA.

Com essa análise, além da abelha rondoniense encontrada em um fragmento florestal no município de Ouro Preto do Oeste (RO) outras quatro espécies do gênero também foram descobertas, revelou o pesquisador.
Para Cristiano Feitosa, é muito importante ampliar o conhecimento sobre esses insetos que são essenciais para a natureza, já que muitos alimentos cultivados dependem da polinização realizada pelas abelhas.

🔎🌸A polinização nada mais é do que a transferência de pólen da estrutura masculina da flor para a estrutura feminina de outra flor ou da mesma.

Abelha ‘sem-ferrão’

O pesquisador explica que, ao longo da evolução desse grupo de abelhas, as estruturas que formam o ferrão atrofiaram, ou seja, elas possuem o membro, mas não conseguem usá-lo para ferroar.

Essa é uma característica que facilita a criação desses insetos, isso porque os criadores não precisam usar os famosos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), já que não apresentam risco de ferroadas.

“É claro que existem algumas espécies que são classificadas como ‘sem-ferrão’ e que podem apresentar comportamentos defensivos. Por exemplo, elas podem enrolar-se no cabelo ou mordiscar com suas mandíbulas fortes para defender seus ninhos”, explica.

As abelhas, como os principais agentes polinizadores, exercem impacto direto na quantidade e na qualidade da produção agrícola. Muitas das espécies “sem ferrão” são especificamente criadas para atuar como “polinizadoras profissionais” na agricultura ou para a produção de mel.

Fonte: G1/Ro


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