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Agronegócio

Boi gordo: ofertas caem até R$ 20; ‘estamos em plena turbulência’

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Para o presidente da Scot Consultoria, Alcides Torres, com escalas mais curtas e fora do mercado há três dias, frigoríficos devem realizar novas compras nos próximos dias

Foto: Giro do Boi

A Scot Consultoria informou que os valores ofertados para arroba do boi gordo desde a sexta-feira, 13, já caíram R$ 20 em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins. Esse cenário é influenciado principalmente pela incerteza gerada no mercado pelo novo coronavírus.

“A sexta-feira foi o último dia que tivemos volume suficiente para estabelecer os nossos preços”, comenta o presidente da empresa, Alcides Torres. Ele afirma que por conta da diminuição expressiva nos negócios, não foi possível realizar o levantamento. 

Nesta quarta-feira, 18, poucos negócios foram realizados. “Não tem mercado, é quase um circuit breaker no mercado físico”, compara. Circuit breaker é uma ferramenta utilizada no mercado de ações que paralisa as negociações da bolsa de valores quando a queda atinge determinado percentual.

Ele comenta que o cenário se agrava ainda mais quando frigoríficos anunciam férias coletivas aos funcionários, suspensão das exportações para a Europa e quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinaliza que o país terá uma recessão.

“Temos um monte de insegurança. Com isso, os compradores imaginando queda no consumo no Brasil por conta do coronavírus acabam oferecendo preços muito baixos, para não comprar mesmo”, diz. Torres ressalta ainda que a situação é pior para o pecuarista que precisa vender o animal neste momento.

Na área de serviços, a Scot Consultoria afirma que a venda de refeições, por exemplo, já caiu 20% na sexta e entre 20% e 35% até o momento. “Se os governos dos estados determinarem que todos fiquem em casa, por exemplo, acreditamos que o consumo de carnes cai. Aí teremos hamburguerias fechando, assim como shoppings e restaurantes. Ou seja, o cenário é de cautela”.

Tendência

O especialista ressalta que as indústrias passam por um momento de escalas curtas. Isso, aliado ao fato de que os frigoríficos estão há três dias sem realizar compras, deve fazer o mercado ficar desabastecido, com necessidade de realizar reposição de carne bovina. Com isso, a expectativa é que novas compras sejam realizadas. 

“A recomendação é esperar a vontade do varejista e compradores para estabelecer um novo patamar, pois neste momento, estamos em plena turbulência”, enfatiza.

Fonte: Canal Rural


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