Agronegócio
Agronegócio: Feijão brasileiro terá rastreabilidade
Produtores estão bem conscientes com respeito aos produtos recomendados pela cultura
Foi realizada nesta semana, com a presença do Ministério da Agricultura, uma reunião com mais de 70 empacotadores e comerciantes de feijão de todo o Brasil. De acordo com o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses), o setor foi apresentado à empresa PariPassu, que monitora e rastreia a origem de mais de 20.000 produtores e cerca de 1,9 milhão de toneladas de frutas e verduras.
“Com o empenho do Ministério da Agricultura em dar segurança cada vez maior aos consumidores, a soma de esforços facilitará a possibilidade de saber quem produziu, por onde passou, como foi empacotado o Feijão que o brasileiro consome ou que eventualmente venha a ser exportado. Por isso, os produtores que têm tido o cuidado e o zelo de manter o caderno de campo e demais registros dos insumos aplicados em sua lavoura estão aguardando com expectativa que o movimento iniciado a partir do Ministério progrida rapidamente. Trata-se do primeiro passo em busca da rastreabilidade do Feijão”, comemora a entidade mais representativa de pulses no Brasil.
O consumidor, ressalta o Ibrafe, é bombardeado pelas questões climáticas e se sente responsável, demonstrando que está preocupado com a saudabilidade e sustentabilidade: “O setor de azeite de oliva passou pela identificação e a eliminação de empresas que eram, na verdade, criminosas, mesclando outros produtos com o puro azeite. O amendoim, para vender a Europa, precisou dar um passo atrás após iniciar a exportação há alguns anos e hoje já tem 5% do mercado dos mais exigentes. Quanto à carne, todos têm hoje preocupação com o bem-estar animal, se foi abatido debaixo das normas vigentes, se foi criado em área autorizada, se o frigorífico atende às exigências sanitárias. Ao que parece, chegou a hora do Feijão”.
“É claro que existem exceções, mas os produtores estão bem conscientes com respeito aos produtos recomendados pela cultura. Dentro das certificações que os empacotadores têm se habilitado, vão desde pôr em dia todas a regras de boas práticas, passando pela checagem de resíduos já na compra do produto. Com a facilidade de exames rápidos e com a popularização do uso de laboratórios para análises de resíduos, o cuidado para entregar um produto com a marca está se completando”, conclui o Ibrafe, que é presidido por Marcelo Eduardo Lüders.
Por: AGROLINK –Leonardo Gottems
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