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Agronegócio

Reforço na lavoura impulsiona a produção de cacau em Rondônia

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Monitoramento da Idaron foi feito em mais de 1 mil propriedades, em todo o estado de Rondônia

Com a implantação de projetos voltados à revitalização da lavoura cacaueira, de iniciativa do Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron), em parceria com entidades ligadas a cadeia produtiva do cacau, Rondônia volta a tomar fôlego na produção da fruta. Hoje, segundo dados da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), já são 12 mil hectares plantados em todo o Estado.

Um dos fatores que tem favorecido o cultivo do cacau em Rondônia é a ausência da ‘Monilíase do cacaueiro’, uma doença causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que ataca tanto o cacau quanto o cupuaçu, em qualquer fase do desenvolvimento, podendo causar perdas de 30% a 100% na produção dos frutos.

Nesta semana, a Idaron divulgou informações do levantamento que é realizado, anualmente, no período de janeiro a junho, sobre o controle da ‘Monilíase do cacaueiro’ no Estado. De acordo com o levantamento realizado em 1.010 propriedades rurais rondonienses, não foi detectado sinal do fungo Moniliophthora roreri nas lavouras. “Esse trabalho é realizado sempre no primeiro semestre do ano, porque é o período de maior frutificação da cultura”, explica João Paulo de Souza Quaresma, coordenador de vigilância e controle de pragas.

Segundo ele, o trabalho de vigilância segue os procedimentos definidos pelo Ministério da Agricultura e contempla as propriedades que possuem cacaueiros e/ou cupuaçuzeiros, com inspeção das plantas em áreas comerciais, lavouras abandonadas, quintais produtivos e em quintais agroflorestais. “Além do levantamento, a Idaron realiza outras ações para prevenir a doença, como fiscalização do trânsito de frutas e mudas e educação sanitária”, destaca.

Orientação

Os técnicos da Idaron estão preparados para atuar de forma emergencial nos focos iniciais da praga, tanto na detecção do fungo quanto na contenção de focos, mas, para que o trabalho seja ainda mais eficaz, de acordo com João Paulo, é fundamental a colaboração de todos. “Caso haja algum fruto com suspeita da doença, ele (fruto) não deve ser tocado ou retirado da planta. O local deve ser isolado e o produtor deve comunicar o caso a Agência Idaron o mais rápido possível”, orienta o coordenador.

Monilíase

A ‘Monilíase do cacaueiro’ pode ser dispersada pelo vento, chuva, insetos e animais silvestres, mas é por meio do homem que a praga pode ser levada para novas áreas, através de material contaminado, como roupas, utensílios, sementes, frutos etc.

Os sintomas da praga nos frutos são: manchas de coloração chocolate ou castanho-escuro, que aparecem entre 45 e 90 dias após a infecção e, posteriormente, um pó branco que aparece de 5 a 12 dias e se solta dos frutos em grande quantidade. “Além do cacaueiro, o cupuaçuzeiro e outras espécies silvestres podem ser afetados e transmitir a doença”.

A praga ainda não foi detectada no Brasil, mas está presente na América Central, Caribe e na América do Sul, inclusive em países que fazem fronteira com o Brasil como, Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela, aumentando o risco de entrada no país.


Fonte
Texto: Toni Francis
Fotos: João Paulo de Souza
Secom – Governo de Rondônia


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