Geral
Mesmo sem desfile cívico, Governo realiza ato simbólico e destaca patriotismo
Atendendo a PORTARIA Nº 2.621/GM-MD, DE 5 DE AGOSTO DE 2020, do Ministério da Defesa de não aglomerar e de manter os protocolos sanitários de segurança no enfrentamento à covid-19, o Governo de Rondônia se une à população para prestar suas homenagens à Nação neste 7 de setembro, para celebrar a vida, o amor e a fé no Brasil, que comemora 199 anos de independência.
A programação não prevê desfiles, em virtude da pandemia, mas está organizando para o dia 1º de setembro, um ato simbólico com a presença do governador Marcos Rocha, dos chefes de poder do Estado, autoridades militares e de autoridades estaduais e municipais, nas escadarias do Palácio do Governo, para abrir a Semana da Pátria, com a devoção de quem ama incondicionalmente a Nação e de quem vive em alerta constante para defender sua honra e seus valores, terra de todos nós, lar de todos nós.
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Num giro rápido pela história, é possível fazer uma breve digressão sobre a epopeia da Independência do Brasil. Seria um dia comum se não houvesse um desejo incontrolável de ser livre que tomou os sentimentos de Dom Pedro I, no longínquo 7 de setembro de 1822, que testemunhou a coragem do jovem regente para cortar os laços da submissão que unia o Brasil a Portugal, com o domínio deste último, por todos os motivos que justificavam sua presença superior nesta relação.
Esse gesto nobre e de coragem de Dom Pedro deve permanecer vivo na memória de todo brasileiro com o melhor dos sentimentos, para servir de exemplo de grandeza de um povo, pelo simbolismo que o ato encerra, e que deve servir à conduta de todo cidadão brasileiro e a autodeterminação do povo neste momento especial que o País está vivendo, em que todos devem estar unidos na defesa do progresso e de seus valores e princípios constitucionais e legais em que se destacam a liberdade (sonho de Dom Pedro) e a defesa intransigente da democracia e do Estado de Direito.
BICENTENÁRIO EM 2022
Pois bem, chegamos aos 199 anos da Independência do Brasil, e no ano que vem, em 2022, vamos celebrar seu Bicentenário com homenagens diversas àqueles que tomaram parte deste processo ou que dele fizeram a razão de suas vidas rumo a construção de uma grande nação no mapa mundial, carregada de simbolismo que procuramos até hoje firmar e manter – prosperidade, desenvolvimento e liberdade.
No próximo 7 de setembro, em 2022, já terão passados 200 anos da epopeia do grito de “Independência ou morte” às margens do Rio Ipiranga, que marcou a vida do Brasil como nação (livre) e que restou como importante celeiro para as américas e para a humanidade, fruto de uma vocação admirável de seu patrimônio vegetal, mineral, animal e da personalidade singular de seu povo, ordeiro, trabalhador e generoso, que guarda em si os melhores valores do ser humano – fé e amor ao próximo.
O Bicentenário da Independência do Brasil é tema e motivo para comemorações e muitas homenagens Brasil afora – nas escolas, nas praças e à vista ou diante dos três poderes da República. Mas caberá a Câmara dos Deputados puxar o cordão dessas homenagens, eis que se autodenomina “poder guardião da história e da memória do Brasil”. Lá os eventos comemorativos vêm se sucedendo desde 2017, com a realização de sessões solenes, exposições, concursos e lançamento de publicações, para lembrar fatos importantes que antecederam a data e que contam essa história.
PATRIOTIOSMO E CIDADANIA
O texto a seguir, do historiador e professor Célio Leandro da Silva, apresenta o cenário deste universo patriótico, e chama à reflexão para o verdadeiro sentido do patriotismo, descrevendo com precisão o conceito, a despeito dos níveis de utilização dos símbolos nacionais. Para ele, neste momento em que se comemora os 199 anos da Independência do Brasil, a definição de patriotismo passa pelo espírito de solidariedade que une as pessoas em torno de interesses comuns em benefício da Pátria.
Veja:
Célio Leandro da Silva
Com a aproximação da Semana da Pátria, vemos o surgimento de manifestações dos chamados “patriotas de ocasião”. Uma bandeira, uma camisa, um chapéu… Esses “patriotas” também são comuns em jogos da Seleção, olimpíadas, e quem não lembra de manifestações na Fórmula 1 e o eterno Ayrton Senna do Brasil. Até durante o carnaval vemos passistas com pinturas corporais com a Bandeira do Brasil e bailarinas envoltos com as “ cores da nação”. Basicamente, só em temporada de Copa do Mundo o orgulho de exibir o verde-azul-amarelo vivos de nossa flâmula ganha os corpos, as mentes e os corações da brava gente brasileira. Bandeira nacional, em período de Copa do Mundo, não raro vira estampa de peças íntimas ou roupas sumárias, em flagrante desrespeito aos símbolos da pátria. Mas afinal, essas manifestações são de fato patriotas?
O patriotismo vai muito além do uso da Bandeira Nacional em ocasiões especiais, é um sentimento de amor e respeito à Pátria e aos seus símbolos, tais como a Bandeira, o Hino Nacional, o Hino da Bandeira, o Hino da Independência, etc. É o espírito de solidariedade que une as pessoas em torno de interesses comuns em beneficio da pátria. O patriotismo, segundo o grande jurista brasileiro Miguel Reale, “também significa devoção ou dedicação, orientação das forças do espírito no sentido de bem estar nacional”. O bem estar da população deve estar acima de interesses ideológicos ou de grupos isolados.
O patriota é aquele que ama seu país e procura servi-lo da melhor forma possível. Patriotismo é um sentimento voluntário, unilateral, de amor e pertencimento. Revela a disposição de entrega à causa da pátria. O patriota (do grego patriotes – patrício), não apenas respeita; ele ama os símbolos da pátria, a bandeira, o hino, o brasão. Nutre identidade com os vultos históricos e as riquezas naturais. Ele serve ao seu país e é solidário aos que devotam o mesmo sentimento de patriotismo.
O patriotismo é vetor da Cidadania, ambos são aliados da educação, solidariedade e desenvolvimento. Hoje, o entendimento do termo cidadão expandiu-se. Pode-se entender como sendo todo membro da comunidade humana, com direitos e deveres pessoais universais, indisponíveis, inalienáveis, naturais, transculturais, trans-históricos e transgeográficos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 afirma: “Cidadão é o sujeito da história, de sua própria história e, com outros cidadãos, da história da sua comunidade, de sua cidade, de sua nação e de seu mundo”. Patriota – cidadão é o habitante ideal de uma nação, luta pelos direitos, preserva os bons costumes e, acima de tudo, mantém o amor por seu país e os laços que os mantém.
O respeito à Pátria educa e traz grandes benefícios para a sociedade. Esse respeito deve ter a gênese, primordialmente, na família. É a família que deve proporcionar condições e exemplos de respeito, admiração, e prática cidadã, apoiando e cumprindo as normas – trânsito, condomínio, filas, horários…- harmonia com vizinhos e familiares. Cabe a família o apoio e acompanhamento dos filhos na escola, vida social e a condução para a vida adulta com cidadania plena, aos jovens, a carreira militar é o direcionamento para um futuro de participação e respeito, o Exército é uma grande escola de cidadania onde os jovens aprendem valores cívicos e morais, que fazem toda diferença para um bom convívio em sociedade. E levam isso para o resto de suas vidas.
Pratique cidadania de fato, seja patriota.
*Célio Leandro da Silva é servidor público estadual, mestre em história, professor e gestor escolar em Porto Velho.
Fonte
Texto: Cleuber Rodrigues Pereira e Célio Leandro da Silva
Fotos: Daiane Mendonça
Secom – Governo de Rondônia
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